Este livro recorda em tra os largos um vulto prestigioso da nossa hist ria cultural - D. Francisco Xavier de Menezes, 4 Conde da Ericeira -que polarizou em seu torno durante quase tr s d cadas a aristocracia lisboeta e teve efetivamente um papel relevante na moderniza o da nossa mentalidade, documentado, entre outros aspetos, pelo impulso renovador que deu
atividade liter ria e cient fica de numerosas academias a que esteve ligado. D. Francisco Xavier de Menezes, situado em plena crise da consci ncia europeia, foi apanhado entre dois tempos. Detentor de m ltiplos saberes, mas poeta pouco favorecido pelas musas: moldado pela tradi o barroca, o 4 Conde da Ericeira pode ser mesmo assim considerado um pioneiro das Luzes entre n s. O pretexto que despoletou este estudo foi a viabilidade de divulgarmos com tradu o e coment rio cr tico a carta latina em que o fidalgo, j idoso e quase cego, agradece
Royal Society de Londres, de grande reputa o em toda a Europa ilustrada, t -lo admitido entre os seus membros. Nela afirma, por exemplo, que encontrara na obra de Newton, nome primordial daquela Sociedade cient fica inglesa, uma nascente em que pudera matar a sua sede de filosofia